A QUEDA DA MONARQUIA - UOL EDUCAÇÃO


A - QUESTÃO MILITAR
 Um motivo de insatisfação com o governo era a origem social da maioria dos comandantes: as classes sociais médias. Para seus membros, a carreira militar parecia uma oportunidade de subir na vida. Entretanto, os oficiais estavam ganhando pouco. Além disso, não tinham sequer a contrapartida do prestígio social ou do poder político. Nessas circunstâncias, uma grande solidariedade conquistou a oficialidade do Exército, unindo-a entre si e com as tropas e evidenciando diferenças entre o militar e o civil. Nos quarteis, o poder dos civis logo passou a ser questionado. Em 1886, as opiniões dos militares chegaram às ruas através dos jornais.

 No Piauí e no Rio Grande do Sul, respectivamente, os coronéis Cunha Matos e Sena Madureira atacaram o ministro da Guerra, Alfredo Chaves, um civil. Estava aberta uma série de desentendimentos com o governo, que ficou conhecida como Questão Militar. O Império puniu com a prisão os dois coronéis, lembrando que, de acordo com a Constituição, a participação na política interna do Brasil não era um dever do Exército. Em 1887, depois de outros atritos entre os militares e o Ministério da Guerra, foi fundado o Clube Militar, uma entidade que passou a funcionar como órgão político e porta-voz da categoria. Para a sua presidência, elegeu-se uma das maiores lideranças militares do país: o marechal Deodoro da Fonseca Na queda de braço do coronel Sena Madureira com o ministro da Guerra, Deodoro tinha ficado ao lado do coronel. Desde então, passou a ser cortejado tanto pelos oficiais insatisfeitos com a monarquia, quanto pelos republicanos. Como militar, efetivamente não aprovava as atitudes do governo em relação aos militares. Mas não identificava o governo com a monarquia, nem com a pessoa do imperador - a quem respeitava e de quem era amigo.

DISPONÍVEL EM: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/proclamacao-da-republica-questao-militar-e-proclamacao-da-republica.htm ACESSO 24/02/2019

A.1 - RELACIONE o prestígio social e político dos militares com o processo de esgotamento do sistema monárquico.
A.2 - DESCREVA como o clube militar foi usado como um veículo de desgaste da Monarquia.
B - QUESTÃO ESCRAVISTA

Os cafeicultores eram a favor da escravidão. E quanto ao republicanismo? O republicanismo teve pouca influência entre 1870 e 1885. A adesão de Dom Pedro 2º à causa abolicionista abriu as portas a propaganda republicana, que começou a contar com o apoio dos conservadores. A relação entre os escravocratas descontentes com o apoio da coroa ao abolicionismo e o movimento republicano foi ficando cada vez mais estreita. A ideia republicana passa a simbolizar para os fazendeiros a possibilidade de manter seus privilégios de classe ameaçados pelo reformismo dos abolicionistas monárquicos, como Joaquim Nabuco e André Rebouças. 

Joaquim Nabuco, aliás, merece destaque nessa história.

Certamente, a grande figura do movimento abolicionista, seu maior tribuno, foi Joaquim Nabuco. De 1878 a 1888 foi o principal representante parlamentar dos abolicionistas. Excelente orador e polemista, escreveu vários libelos antiescravistas e buscou apoio na Europa para o movimento, transformando-se num de seus símbolos e no alvo predileto do ódio dos escravocratas.

Quem participava do movimento? Quem eram os abolicionistas?
 Gente de várias classes sociais, inclusive das elites políticas, como Nabuco, gente que pretendia reformar a monarquia, ou intelectuais brancos, como o teatrólogo Artur Azevedo e o poeta Castro Alves, ou negros como o advogado Luís Gama ou o engenheiro André Rebouças, ou mestiços como o jornalista José do Patrocínio. O próprio exército, que se formou na guerra do Paraguai e que contou com colaboração dos escravos. Além disso, as classes médias urbanas que começavam a ter significado na sociedade brasileira, os estudantes universitários, que vão desenvolver inúmeras atividades em prol da abolição.

Você pode dar exemplos dessas atividades? 
Em São Paulo, por exemplo, a Sociedade dos Caifazes, um movimento abolicionista radical, liderado pelo advogado Antonio Bento de Sousa e Castro especializou-se em incentivar e organizar fugas de cativos. Utilizaram-se das ferrovias que, ironicamente, foram construídas para racionalizar o transporte do café, ou seja, a economia escravista, transformando-as em instrumentos que acabaram com a organização do trabalho. Do Oeste paulista, os escravos eram levados para São Paulo e daí para Santos, onde organizaram um grande quilombo, o Jabaquara, com cerca de dez mil habitantes. 

B.1 - EXPLIQUE como o movimento abolicionista favoreceu a causa republicana.
B.2 - DESCREVA o quanto abrangente foi o movimento abolicionista.

C - ABOLIÇÃO E QUEDA DA MONARQUIA

Quais as consequências da abolição para a monarquia? 
A monarquia brasileira foi sabiamente aconselhada a pagar uma indenização aos proprietários de escravos, mas não levou em conta o bom conselho. Resultado: perdeu sua base de apoio. Até a fração mais "moderna" dos cafeicultores do Oeste Paulista passou a temer que o império realizasse reformas para obter apoio político da massa negra recém libertada. A necessidade de impedir qualquer alteração no status quo afastou os cafeicultores da monarquia e os jogou nos braços dos republicanos.

DISPONÍVEL EM: //educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/abolicionismo-como-foi-o-processo-de-fim-da-escravidao.htm? ACESSO 24/02/2019

C.1 - EXPLIQUE o quanto a abolição foi determinante para o fim do regime monárquico.


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